Olho o teto com a mesma
e antiga aparência, a mesma que me gerou tantos arrepios, o mesmo sujo e empoeirado
teto que guardou meus segredos, o mesmo teto que tantas vezes sufocou-me até o
nascer do sol, o mesmo teto que presenciou meus suspiros, e guardou consigo
minhas lagrimas, o mesmo teto que tantas vezes amaldiçoei milhares e milhares
de vezes, fez-se parte de minha imaginação... Mantenho meus olhos vidrados nas
paredes, adormecidas, imóveis com sua pintura descascando em cascatas enquanto
os sentimentos escorrem por suas fendas, e mais nada. Com o tempo eu vi que
memórias são labirintos tortos, então apague, reescreva-me, venha colorir meus
olhos, meus pensamentos são viscosos e tudo aqui é sempre o mesmo...
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